Pressão na Seleção

Mais uma rodada dupla das Eliminatórias-2010 acabou e Dunga começa a ser frito no cargo de selecionador do Brasil. Sim, pois treinador ele não é. Disseram para ele que ele seria, mas até agora não conseguiu ser. Apenas atua como o cara que escolhe os jogadores que servirão a amarelinha.

E essa pressão até que demorou a vir. Começou já na sua errada escolha para o cargo. Por que escolher alguém que nunca atuou na posição sendo que espalhados Brasil afora existem outros técnicos competentíssimos e que já provaram estarem aptos para o posto?

Até eximo o próprio Dunga de parte da culpa pelos recentes fiascos da seleção. Errou sim com Kaká. Mas, em tempos de escassez de talentos, quem chamar para compor a seleção? Ah, mas os sábios críticos dirão: “O Brasil é o maior celeiro de jogadores, conta com os maiores craques do mundo, etc, etc”. Mas quem convocar?

Ok, na ausência de Ronaldinho (sem atuar pelo Barça, mas que, a meu ver, deveria ser chamado) eis que Diego, sempre alçado ao status de grande jogador, toma posse da camisa 10. Brasil x Canadá, Brasil x Venzuela e Paraguai x Brasil. O que fez Diego de tão espetacular? O que fez dele digno de atuar com uma camisa que já foi de Pelé, Zico, entre outros? E Robinho, que tem talento de sobra, mas esqueceu ele no armário do Santos antes de embarcar para Madri?

E que culpa tem Dunga se, no seu clube (médio, por sinal), o cara joga demais, arrebenta com os adversários e se faz jus à sua convocação?

E o que dizer de Gilberto Silva, Mineiro e Josué? O que de muito produtivo nos seus respectivos clubes para serem convocados? Acho que já foi o tempo, dos 3.

Se a proposta ao contratar tal selecionador para renovar uma seleção cheia de astros acomodados com seus lugares cativos, por que não dar oportunidade para jogadores que se destacam mas demoram a ser notados? Por que não apostar neles?

São os casos de jovens promessas como Lucas, Anderson (anda muito mascarado, mas tem bola para ir para a seleção), Hernanes, Thiago Silva, Kleber (Santos)... Mesclar tais jogadores com a experiência de alguns que ainda merecem estar no grupo, casos de Lúcio e Juan. A mescla do “novo” com o “velho” já provou ser eficaz em grandes times de futebol.

E a pressão na seleção está instaurada, uma vez que trata-se da pior campanha em eliminatórias, que, se acabassem hoje, nos deixariam para a repescagem, sem vaga direta para o Mundial. E a “bomba” está para explodir... Se não for agora, será após as Olimpíadas, vexame a vista.

E os classificados são...

Fim da primeira fase do campeonato paulista e do segundo turno do campeonato carioca. Para variar, deu a lógica.
Em São Paulo, apenas dois grandes se classificaram e fazem um dos confrontos, Palmeiras x São Paulo, os dois melhores grandes nos 19 jogos que foram disputados. Junto a eles classificaram-se Guaratinguetá, líder em boa parte do torneio e Ponte Preta, que decidirão qual time do interior fará a finalíssima com um grande da capital.
Corinthians e Santos ficaram de fora. Um não me deixa surpreso, o outro, sim. Vindo de um rebaixamento no Campeonato Brasileiro do ano passado e com 17 novas contratações, Mano Menezes ajustou, com o pouco de tempo que teve, o time do Corinthians e enganou-se quem disse que este iria brigar para não cair, novamente. Deixou escapar a vaga não na última rodada, quando perdeu para o Noroeste, em Bauru, mas sim ao empatar em casa com o Juventus, em 2x2.
O Santos decepcionou visto que foi o 2º. colocado no Brasileirão passado, mas perdeu muitas peças e teve um começo truculento, recuperando-se durante a competição. Se não fosse isso, estaria entre os 4.

No Rio, mais uma vez os 4 grandes farão as semininais da Taça Rio, assim como foi na Taça Guanabara. Culpa do regulamento, que privou os times do interior de jogarem contra os grandes em suas respectivas cidades, tendo de atuar sempre na capital; perderam sua força e assim ficaram de fora. E o glorioso América/RJ, que há 2 anos chegou a decisão, foi rebaixado.

No final de semana teremos os jogos de ida do Paulistão e os times classificados para as finais no Carioca. Jogos que prometem.

O destino cruel de um Fenômeno

De novo, Ronaldo fenômeno virou notícia em todo os jornais mundo afora. E, infelizmente, por um fato lamentável: mais uma gravíssima contusão no joelho, agora o esquerdo (as duas anteriores haviam sido no direito).

O jogador, que parece predestinado tanto a ser considerado como fenômeno como a sofrer baques como o de agora. E a pergunta que todos fazem é: ele voltará a jogar?

Eu, como fã dele, respondo: SIM! Como das outras vezes, Ronaldo ficará um longo período em tratamento, se recuperando, fazendo fisioterapia, onde quer que seja, e dentro de, segundo especialistas, 9 meses, ele estará apto a voltar.

O que o craque precisa entender e estudar nesse período no estaleiro é que ele não tem mais aquele invejável vigor físico dos tempos em que jogava no Barcelona, de arrancadas sensacionais de deixar zaqueiros caídos no chão. Ele tem de se re-adaptar e encontrar um novo estilo de jogo para que suas contusões diminuam, principalmente as sérias, mas também as musculares, que sempre o perseguiram nesses últimos anos, afetando sim no seu rendimento e preparação física para tantos torneios aos quais tenta disputar.

Acho também que, antes de pensar seriamente em rotornar aos gramados, ele deve fazer um intenso trabalho de reforço muscular para que seu corpo, já aos 32 anos de idade, suporte a sua presença nos gramados, por que uma coisa é certa: parar de fazer gols, ele não vai. Não agora. E engana-se quem diz que ele é velho e/ou gordo. Pode até não ter mais atingido o seu peso ideal, mas garanto que qualquer time no mundo gostaria de ter no seu elenco um “matador” como Ronaldo.

Força Ronaldo!

Bola rolando!

E começou a temporada 2008 para os clubes paulistas!

E quanta emoção. Estava com saudades já.

Começou na lendária Rua Javari, com Juventus 1 x 1 Noroeste. O campeonato estadual mais tradicional do país não poderia ter outro palco de abertura.

A noite de quarta-feira terminou com a pífia atuação e derrota do Santos para a ressuscitada e bem armada Portuguesa, de Vágner Benazzi: 2x0 no Morumbi.

Ontem, estréia dos outros 3 grandes paulistas. E todos com o pé direito, ou esquerdo, no caso do São Paulo. Com o pé esquerdo do Imperador Adriano, que marcou os 2 gols da virada tricolor para cima do bom time do Guaratinguetá. Começa bem o atacante o ano de 2008, tentando voltar a ser um dos melhores do mundo.

O Palmeiras de Luxemburgo, que jogou no horrível horário das 19:30 (como um cidadão que trabalha durante o dia em São Paulo consegue ir a um evento nesse horário), derrotou o Sertãozinho, em sua casa provisória, a belíssima Arena Barueri. E bela também foi a estréia de Alex Mineiro, com 2 gols de cabeça, mostrando ser a peça que faltava ao elenco alviverde em 2007.

E para completar a rodada, o reformulado Corinthians de Mano Menezes derrotou o Guarani por surpreendentes 3x0. Digo isto por terem entrado em campo 7 estreantes, com condições físicas ainda limitadas e quase sem entrosamento. Pressionou o adversário, buscou sempre o gol e não foi aquele time horrível do ano passado. E também tem seu artilheiro, Finazzi, que anotou 2 gols.

A briga pelo charmoso campeonato começa boa. Nenhuma grande surpresa nesta primeira etapa. Muitos gols - 31 em 10 jogos (média de 3,1 por jogo). E vêm mais emoções por aí!!


OBS: O lado negativo desta primeira rodada deu-se por conta do atacante Diogo, da Portuguesa, que teve uma fissura no pé e desfalcará o time do Canindé por aproximadamente 1 mês.

A novela Felipe

Todos que me conhecem sabem - e quem não, saberá agora. Sou corinthiano fanático, graças a Deus. Mas todas as vezes que escrevo, sou Imparcial Futebol Clube.

Vou recapitular brevemente a carreira do jogador: jogou no Vitória, na Portuguesa, no Bragantino e no Corinthians. Destes, não ganhou título algum e ainda foi rebaixado quatro vezes com seus clubes.

Foi contratado pelo Timão para a disputa do Brasileirão após excelentes atuações pelo time de Bragança Paulista no campeonato estadual deste ano.

Chegou sem muito alarde e foi conquistando seu espaço com excelentes atuações e salvando o time muitas vezes de derrotas anunciadas. Foi reconhecido. 50% de aumento salarial por belos serviços prestados.

Melhorou cada vez mais seu rendimento. BUM!! Virou ídolo da torcida. Merecidamente. E meu ídolo no time atual, também.

Não foi capaz de salvar, praticamente sozinho, o time da degola. Mas esteve sempre presente, atuante e salvador dentro de campo. Agora, fora dele...

O atleta tem contrato com o clube, que publicamente reconheceu seu valor uma vez e o reconhece novamente agora, propondo outro aumento salarial, em menos de 6 meses de trabalho: 80% a mais em seus vencimentos atuais.

Mas o jogador recusou. Achou pouco e quer mais. Mas vamos analisar com calma.

O time caiu para a série B, vive seu pior momento dentro e fora dos campos. O jogador foi reconhecido pelos diretores, que não são obrigados a propor o aumento e mesmo assim o fizeram. Seus procuradores apontatam para uma possível transferência.

Se for para o jogador ficar e permanecer insatisfeito, procure outro clube que o acolha, que o promova e o destaque no cenário da bola como o Corinthians fez. Mas que faça este outro clube pagar a multa recisória, que assim, pelo menos, trará algum retorno ao clube que investiu no atleta e não fique de mãos abanando como em muitos casos, com essa porcaria de Lei Pelé.

Felipe, todos os corinthianos, assim como eu, queremos que você permaneça. Mas que caia um pouco na real situação do clube e do futebol nacional. Fique sim, ajude o clube a subir para a elite novamente, pois, se o fizer, saberá o que é uma torcida fiel e apaixonada. Você certamente dará uma grande alavancada em sua carreira e ai sim poderá reivindicar seus valores.

Dança no futebol brasileiro

Com o fim de todos os campeonatos de futebol profissionais no país, começam os trabalhos intensos das diretorias dos clubes.

E nesse período de férias, principalmente este ano, a “dança” de treinadores está intensa.

Nada menos do que Corinthians, Grêmio, Vasco, Cruzeiro, Atlético/MG e Goiás trocaram seus comandantes. Sem contar nos ainda não confirmados em seus cargos, casos de Santos e Palmeiras.

Destes, 3 definiram os substitutos: Mano Menezes assume a árdua tarefa de trazer o Timão de volta a elite do futebol em 2008 (acertou em trazer Mano, que já subiu para a série A com o seu ex-clube, o Grêmio, em 2005).

Vágner Mancini acertou com o tricolor gaúcho (o técnico conseguiu sagrar-se campeão da Copa do Brasil com o Paulista de Jundiaí - boa aposta). O Cruzeiro trouxe Adilson Batista (seu melhor trabalho como técnico foi a formação do time do Figueirense de 2006, que terminou em 7º lugar).

Bom para quem já tem definidos os seus comandantes, para que o planejamento do ano que começa seja feito adequadamente.

Junto com os treinadores há também muitas trocas de jogadores. Nesta época abre-se a janela de transferências do mercado europeu e muitos deles devem ter como destino o velho continente.

Outros que fracassaram por lá ou que não são muito aproveitados podem ser repatriados.

Um bom mercado e que vem rendendo bons frutos é o sul americano, com ofertas baratas e de jogadores que resolvem (casos de Acosta, Valdívia, Ferreira).

Algumas equipes, como São Paulo, Santos, Flamengo, terão a sua base de jogadores mantida e chegarão atletas apenas para suprir eventuais saídas ou para compor seus elencos.

Já equipes como o Corinthians, Vasco, Botafogo, mudarão e muito seus plantéis para a próxima temporada.

Sem as disputas dos campeonatos, é o mercado da bola que agita os noticiários futebolísticos de todo país.

Resta esperar e ver, após alguns meses de disputa em 2008, quem acertou e quem errou em suas contratações.

Fim do Brasileirão!!

Chegou ao fim mais um Campeonato Brasileiro de futebol. E como era de se esperar, a última rodada foi eletrizante.

Eletrizante porque praticamente tudo aconteceu. O Palmeiras entrou em campo classificado para a Libertadores e o Corinthians livre do rebaixamento. E no fim, nem um nem outro se deu bem.

O Grêmio, que praticamente não tinha chances de vaga na competição sul-americana, marcou primeiro que seus concorrentes e, momentaneamente, parecia conseguir o impossível, que não aconteceu; como era de se esperar, o Cruzeiro venceu o rebaixado América/RN e, com a derrota do Palmeiras em pleno Parque Antártica, carimbou seu passaporte para a disputa do torneio.

O Goiás, que precisava vencer e torcer por um tropeço do Corinthians para se safar, fez seu papel dentro de campo e manteve-se na elite do futebol. Mas de olho em campanhas passadas, o time esmeraldino precisa rever alguns conceitos para não fazer feio em 2008.

E o Corinthians... Parece que o destino guardava uma surpresa, das ruins, para ele. A instituição, vítima de dirigentes aproveitadores e que se viu figurado nas páginas de noticiários policiais, depois de um péssimo planejamento e uma má administração, caiu JUSTAMENTE para a segunda divisão.

Um time limitadíssimo dentro de campo. E não devemos colocar muita culpa nos jogadores pelo descenso. Pois por serem limitados, fizeram o que podiam, sempre com muita vontade e empenho. Mas apenas isto não basta. No campo de jogo é preciso ter muito mais.

Para a torcida, o fato não deve ser considerado como o fim do mundo. Outros casos demonstram que, cair, serve também como uma maneira de mudanças de conceitos e de estruturas. Vide casos de Palmeiras, Botafogo, Grêmio, Coritiba e, mais parecido com o do Timão ainda, o da Juventus de Turim.

Esta, que também se viu vítima de esquemas fora de campo para lhe favorecer, não caiu dentro das quatro linhas, mas caiu nos tribunais. Tudo muito parecido com o que acontece por aqui (falta apenas punir os culpados). E dignamente, na bola, subiu ano passado para a primeira divisão italiana e continua dando alegrias ao seu torcedor.

E lembre-se torcedor alvinegro. Uma das maiores equipes de sua história nasceu de uma situação semelhante. O time da Democracia Corinthiana, comandado pelo Dr. Sócrates, Casagrande e cia.

Parabéns ao campeão e aos classificados para a Lbertadores-08. E aos que caíram fica o alerta de que muitas coisas deverão mudar para voltarem a primeira divisão.