sexta-feira, 20 de junho de 2008

Pressão na Seleção

Mais uma rodada dupla das Eliminatórias-2010 acabou e Dunga começa a ser frito no cargo de selecionador do Brasil. Sim, pois treinador ele não é. Disseram para ele que ele seria, mas até agora não conseguiu ser. Apenas atua como o cara que escolhe os jogadores que servirão a amarelinha.

E essa pressão até que demorou a vir. Começou já na sua errada escolha para o cargo. Por que escolher alguém que nunca atuou na posição sendo que espalhados Brasil afora existem outros técnicos competentíssimos e que já provaram estarem aptos para o posto?

Até eximo o próprio Dunga de parte da culpa pelos recentes fiascos da seleção. Errou sim com Kaká. Mas, em tempos de escassez de talentos, quem chamar para compor a seleção? Ah, mas os sábios críticos dirão: “O Brasil é o maior celeiro de jogadores, conta com os maiores craques do mundo, etc, etc”. Mas quem convocar?

Ok, na ausência de Ronaldinho (sem atuar pelo Barça, mas que, a meu ver, deveria ser chamado) eis que Diego, sempre alçado ao status de grande jogador, toma posse da camisa 10. Brasil x Canadá, Brasil x Venzuela e Paraguai x Brasil. O que fez Diego de tão espetacular? O que fez dele digno de atuar com uma camisa que já foi de Pelé, Zico, entre outros? E Robinho, que tem talento de sobra, mas esqueceu ele no armário do Santos antes de embarcar para Madri?

E que culpa tem Dunga se, no seu clube (médio, por sinal), o cara joga demais, arrebenta com os adversários e se faz jus à sua convocação?

E o que dizer de Gilberto Silva, Mineiro e Josué? O que de muito produtivo nos seus respectivos clubes para serem convocados? Acho que já foi o tempo, dos 3.

Se a proposta ao contratar tal selecionador para renovar uma seleção cheia de astros acomodados com seus lugares cativos, por que não dar oportunidade para jogadores que se destacam mas demoram a ser notados? Por que não apostar neles?

São os casos de jovens promessas como Lucas, Anderson (anda muito mascarado, mas tem bola para ir para a seleção), Hernanes, Thiago Silva, Kleber (Santos)... Mesclar tais jogadores com a experiência de alguns que ainda merecem estar no grupo, casos de Lúcio e Juan. A mescla do “novo” com o “velho” já provou ser eficaz em grandes times de futebol.

E a pressão na seleção está instaurada, uma vez que trata-se da pior campanha em eliminatórias, que, se acabassem hoje, nos deixariam para a repescagem, sem vaga direta para o Mundial. E a “bomba” está para explodir... Se não for agora, será após as Olimpíadas, vexame a vista.