quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Carimbo neles!!

E o campeão Brasileiro São Paulo teve na noite de ontem as faixas do título carimbadas pelo antes praticamente rebaixado, e agora sonhador, Juventude.

Que o time da serra gaúcha é fraquissímo e está condenado à degola não é novidade para ninguém. O que teve de diferente na noite de ontem foi o campeão, que parecia ainda estar em festa pela glória alcançada há 7 dias, cair diante do adversário.

Mas parece que isto não é privilégio tricolor não. Geralmente, em campeonatos deste tipo, há um relaxamento normal após a conquista, visto que meses de tanta dedicação e esforço se passaram, o entusiasmo duplo do oponente, de ser o primeiro a tirar uma “casquinha” do campeão e lutar para reacender a esperança de permanência na primeira divisão movimentaram as arquibancadas do Alfredo Jaconi.

Do outro lado da história, quem parece não acreditar em tal feito são os torcedores corinthianos que, cada dia que passa, fica mais difícil a permanência de seu time na elite brasileira. Não bastassem as más atuações da equipe no certame, as ajudas em derrotas de seus concorrentes e vacilos próprios nas últimas rodadas, nesta reta final, mais um candidato ressurge para brigar.

O martírio parece não ter fim. Tudo parece mais difícil para o time de Parque São Jorge. Tanto para conquistar títulos quanto para fugir desta incomoda situação. Tudo tem de ser conquistado com muita batalha e muita raça, características que sempre o definiram.

Talvez estes motivos que façam o time ter tantos seguidores, tanta torcida e tanta esperança dado que a situação atual é complicadíssima.

E ainda dizem que o campeonato de pontos corridos não tem graça. Como não ter graça? Ele acaba de premiar o time com melhor estrutura, planejamento e regularidade durante seus 8 meses; a briga pela libertadores será intensa até o último apito final e a disputa pela permanência na Série A não será diferente. Aí está, opositores de plantão, a prova de que esta é a melhor fórmula de disputa está dada.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Falta de identidade... e haja carimbo no passaporte

O que aconteceu com o futebol nos últimos anos no que diz respeito a transferência de jogadores?

A pergunta pode parecer estranha mas a cada ano, mais e mais jogadores, especificamente no Brasil, tem imigrado para outros centros a fim de obterem melhores chances no cenário da bola. Mas e como fica aquela velha identificação que um certo jogador tem com um clube sendo que hoje ele joga em um certo time, vai para o estrangeiro, volta em um espaço de tempo relâmpago, alegando falta de adaptação e logo vai jogar no rival do ex-clube?

Antes, profissionais da área, fanáticos, crianças e até mulheres sabiam na ponta da língua a escalação principal de seu time de coração... Sabiam dizer do goleiro ao ponta esquerda, passando também pelos reservas até chegar ao treinador. Em certos casos, poderia até arriscar os nomes de alguns garotos, de futuras promessas.

Como ter tanta identificação pelos ídolos se atualmente um jogador é fascinado apenas pelos milhões de um time e de outro, e de outro...? (salvas raras exceções, claro)

O fato que mais pesa é sim, o bolso do atleta. E infelizmente, por nosso país não ser um país de primeiro mundo (apesar de ter potencial para isso), perdemos nossos jogadores para mercados onde o poder aquisitivo é espantosamente superior ao brasileiro. Entretanto, como outrora, quando os clubes pelo menos saiam com a maior parte destas transações, agora quem sai com o “filet mignon” são os empresários.

Muitas vezes aproveitando-se da falta de inteligência de grande parte dos boleiros, estes acabam sendo passados para trás por aproveitadores gananciosos que lucram com as transferências, onde, quem na verdade deveria ganhar com elas são os artistas da bola, os verdadeiros detentores do talento e merecedores de cifras altíssimas.

E mais uma vez esse problema começa a rondar o nosso futebol. Com o Campeonato Brasileiro na sua fase de encerramento e com o campeão já definido, este é o que mais sofre com o assédio mesmo faltando 2 meses para o fim do ano. Jogadores destaque do título como Richarlyson, Jorge Wagner, Breno, Miranda começam a ser notícia pelo interesse de clubes estrangeiros e podem sim deixar o Brasil.

Thiago Neves, que é do Fluminense, assinou pré-contrato com o Palmeiras e voltou para o tricolor carioca, é o novo sonho de consumo do Villareal, da Espanha. E aí também pode dar negócio, já que o clube das Laranjeiras tem interesse no argentino Riquelme, encostado no time de lá. Isso sem falar de Zé Roberto, do Botafogo, destinado à Alemanha; Kléber, do Santos, que é um dos únicos selecionáveis jogando por aqui; sem contar nos Caios, Paulos, Juninhos, etc que saem sem muitos tomarem conhecimento.

E todo esse montante de dinheiro tem atraído os atletas também para países com pouca expressão no futebol mundial como o leste europeu e a arábia, e nesse vai-vém tentam garantir um futuro estável dado que são profissionais de carreira curta. Isso só tornam ídolos regionais e nacionais como Zico, Rivelino, Ademir Da Guia, entre outros como figuras escassas do nosso esporte. Infelizmente.