quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Virando Football

De uns tempos para cá não temos como não notar a grande queda de qualidade técnica em que o futebol entrou. Os times, principalmente os brasileiros, eram compostos em sua grande maioria por craques da bola, o que deixava os jogos com cara de verdadeiros espetáculos, levando multidões aos estádios.

Com a perda da qualidade técnica, as equipes passaram a dar ênfase à parte física e tática, tanto que hoje os trabalhos extra campo são de suma importância tanto na prevenção quanto na reabilitação de lesões, desde as mais simples até as mais graves.

Com isso, o vigor físico dos jogadores aumentou consideravelmente e tornou as partidas muito mais “brigadas”. Uma das consequências desta mudança é o alto índice dos traumatismos cranianos que vêm ocorrendo no mundo da bola.

Para citar 2 exemplos recentes, no jogo que findou o tabu do São Paulo ante o Corinthians, no último dia 7, Richarlyson, intencionalmente, “chutou” a nuca do volante corinthiano Carlão, que caiu desacordado e teve de ser socorrido prontamente pelos médicos do clube e teve de seguir de ambulância para o hospital, recuperando a consciência algum tempo depois.

Na partida pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa-2010 entre Argentina e Venezuela, um choque entre o zagueiro argentino Burdisso e o atacante venezuelano Arango resultou também na perda da consciência do beque e um traumatismo craniano. Por sorte, ambos estão bem. Esses são apenas 2 simples exemplos, pois se formos citar todos os casos dos últimos dias, faltariam páginas para isto.

E é ai que eu fico me perguntando: será que o futebol vai virar football?? Nossos jogadores passarão a usar capacetes e inúmeras proteções? Sinceramente, espero que não... Tenho a esperança que ainda surjam muitos Ronaldinhos, Robinhos, Kakás e cia. que façam da sua habilidade uma esquiva contra os “paredões” de plantão.

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