segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Dinheiro limpo é o lavado? Que desgraça...

Que a corrupção existe, isso não é segredo para ninguém. Que no futebol sempre existiram fatos como as “malas pretas” e “malas brancas” (supostos subornos para times perderem ou ganharem, respectivamente) também já sabemos. Mas daí a existirem casos de lavagem de dinheiro? Acho que a situação agravou-se demais.

Um certo magnata russo, asilado político da Inglaterra, de uns tempos para cá vira mais notícia dos cadernos de esporte do que o futebol do próprio clube com o qual se envolveu. Através de seu presidente e um intermediário, este clube, segundo maior em torcida no país e o mais popular do estado, foi “vendido” para este “empresário” (aspas em empresário por que, pelo menos, para mim, profissionais de bem não agem de maneira ilícita).

Num primeiro momento, um outro cidadão, iraniano de origem e parceiro do russo, trouxe milhões de dólares imundos para o clube, na forma de contratações bombásticas como a do argentino Carlitos Tevez (que, ironicamente, tornou-se um dos maiores ídolos) e muitos outros mais – e, não por acaso, tornou-se o queridinho da torcida.

Opositores deste acordo, desde o princípio, com base no contrato firmado, botaram a cara para bater, no momento de euforia, dizendo que nos 2 primeiros anos este “grande” parceiro seria de grande valia mas que, a médio e longo prazos, a catástrofe estava anunciada.

Dito e feito. 2 anos se passaram e as desconfianças começaram. Tudo com brigas internas e desavenças entre presidência e investidores, ocasionando rancores e inimizade. Foi a brecha que a polícia e os órgãos competentes queriam para começarem as investigações. Grampos telefônicos, documentos falsificados, notas fiscais frias, denúncias anônimas... Dados sendo colhidos sorrateiramente. Mas, chega um ponto que tudo têm de ser “jogado no ventilador”. Foi o que aconteceu neste ano, o 3º da união.

Envolto nesse mar de lamas, o time se sente afetado e parece ter caído num poço sem fundo... Além dos escândalos os quais se envolveu, a parceria, que serviria de solução financeira acabou dobrando a dívida que já existia, deixou problemas com a FIFA e a Corte Arbitral do Esporte, expôs o clube ao risco de severas punições e, fora de campo, terá de responder judicialmente...

E, nessa história toda, quem faz papel de trouxa é o torcedor apaixonado, que ainda comparece fielmente aos estádios enquanto torcedores rivais zombam da atual situação vivida. Que a situação se resolva e o clube volte a ser notícia apenas na esfera esportiva.

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